terça-feira, 7 de setembro de 2010

Querido Jonh (Dear Jonh), EUA, 2010

Diretor: Lasse Hallström
Roteiro: Jamie Linden, baseado no livro de Nicholas Sparks
Elenco: Channing Tatum, Amanda Seyfried, Henry Thomas, Scott Porter, Richard Jenkins

Querido Jonh é um misto de romance e drama baseado no Best Seller de Nicholas Sparks narrando um caso de paixão a primeira vista de uma universitária, com um soldado das forças especiais e que será duramente afetado pelo militarismo da “Era Bush”e do nacionalismo gerado pelo 11 de setembro. Obrigando o casal a manter uma relação a distância, se comunicando pelas trocas de cartas.

O diretor Lasse Hällstrom, mantém um ritmo mais “literário”, buscando fidelidade com o livro. Escolha que aumenta a responsabilidades dos atores que precisam projetar com exatidão ao expectador os sentimentos de suas personagens para o filme “funcionar”. Além de uma ótima “química” entre o “casal” protagonista. Os dois fatores que transformaram outro livro de Nicholas Sparks : “Um amor para recordar” em um filme “Cult”, comentando e citado até hoje.

O casal até consegue forjar uma certa química, porém a reação atinge a intensidade necessária para gerar um identificação com o casal. Parte da culpa pode estar em suas personagens que direcionam a interpretação: Ambos são corretos, puros e bondosos em demasia. Como “ninguém” é tão perfeito assim. A falta de defeitos ajuda a distanciar a projeção do expectador com as personagens.

Amanda Seyfried, que vem se destacado por belas atuações, não consegue transmitir toda a paixão necessária a sua personagem. E Chaning Tatum, peca ainda mais ao não convencer nem como apaixonado, nem como soldado. Ainda no elenco é preciso destacar Richard Jenkins está perfeito em um papel que sobre de sintomas claros de “Transtorno Obsessivo Compulsivo”, estranhamente “diagnosticado no filme como “leve autismo”.

Em seu filme anterior: “Para sempre ao seu lado” Hällstrom conseguiu evocar mais emoções com um cachorro, do que com “Querido Jonh”. Mesmo falhando na missão de todo “melodrama” despertar emoções no expectador. O filme vale a pena assistir pela história que apesar de “melada” e exageradamente dramática, ainda é interessante.

Nas entrelinhas ... “A Era Bush”...

É possível ver no filme uma severa crítica ao governo Bush. As missões do soldado a princípio são de treinamento de milícias armadas na África. Além das perdas e problemas gerados pela guerra em uma emocionante reflexão do herói se comparando a moedas. Também encontramos uma cena que reflete o problema do sistema de saúde americano (reparem em uma cena de um paciente atendido no corredor de um hospital).


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