segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Conversando Com Os Mortos (Solstice), EUA 2008, 87 minutos

Roteiro: Daniel Myrick, Ethan Erwin, Marty Musatov
Elenco: Elisabeth Harnois, Shawn Ashmore, Tyler Hoechlin, Amanda Seyfried, Matt O’Leary, Hilarie Burton, R. Lee Ermey

“Após um ano da morte de sua irmã Megan e seus colegas de faculdade fazem a última viagem a casa de seus pais em Lousiana. Quando um jovem da cidade lhe conta sobre o feitiço do solstício de verão, a época mais fácil para que os mortos se comuniquem com os vivos, o grupo tenta ressuscitar o espírito da irmã de Megan, mas as conseqüências são mortais.”

É um filme de baixo orçamento, que aborda a história de um grupo de veteranos da high scholl (Ensino médio norte americano), que vão passar junto o dia de Festival de ST Johns, que ocorre durante o solstício e que procuram esquecer um trágico acontecimento que ocorreu com o grupo meses atrás.

Apesar da sinopse lembra um “slash movie” o filme foge dos subgêneros convencionais e oferece uma história relativamente inovadora (para o padrão) embasada em elementos da cultura Cajun, misturada com elementos da cultura haitiana, que se apresentam de forma sincrética no sudeste norte americano, que serve de cenário para a história. Já as cenas de terror são bem menos interessantes, oferecendo apenas alguns sustos eventuais e uma série de clichês do filmes de terror.

O diretor Daniel Myrick, de a “Bruxa de Blair, conseguiu fazer outro bom filme de baixo orçamento. Que impediu de contar com grandes estrelas, mas escalou um bom elenco de atores pouco conhecidos. Exceção de Amanda Seyfield, que vem se mostrando uma das melhores atrizes de sua geração, em uma atuação “apagada”, em uma personagem que não oferece oportunidade para a loirinha mostrar seu talento.

“Falando com os mortos” é uma produção debaixo orçamento e que passou despercebida. Sendo difícil encontrar copias do filme em DVD no Brasil. Algo estranho, pelo fato de sua estória ser bem melhor que a maioria dos filmes de terror. Não o suficiente para conseguir agradar aos não fãs do gênero. Já os amantes do terror têm uma grande oportunidade de assistir um filme que foge do feijão com o arroz do gênero.

Curiosidade histórica

O Festival de ST Johns (São João) apresentando no filme, possui realmente uma origem pagã, sendo realizado durante o solstício* de verão, entre os dias 21 e 22 de julho, hemisfério norte. Período marcado pelo dia mais longo do ano e conseqüentemente a noite mais curta. As festividades pagãs celebravam rituais para obter boas colheitas e cultos à fertilidade.
De forma semelhante ao natal, a Igreja católica por não conseguir impedir a realização desta comemoração pagã, a transformou em uma festividade católica, homenageado seus santos no período. Uma das tradições pagãs originarias dos festivais, de pular fogueiras, é mantido até hoje nas festividades brasileiras.

*Evento que nomeia o filme no titulo original


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