quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Warrior – Os selvagens da Noite (The Warriors), EUA, 1979, 90 minutos.

Direção: Walter Hill
Roteiro: David Shaber e Walter Hill, baseado em livro de Sol Yurick
Elenco: Michael Beck, James Remar, Dorsey Wright, Brian Tyler, David Harris.

The Warriors é um filme que despertou pouca atenção em seu lançamento, se tornando um Cult anos depois. Baseado no livro de 1965 de Sol Yurick's, que utilizava como referência a história grega de Anabasis. O filme apresenta um enfoque diferente do livro. Privilegiando mais a questão da territorialidade em detrimento as questões de críticas sociais (melhor apresentadas no livro). Exceção a cena que os Warriors encontram alguns adeptos da discoteca. Demonstrando as diferenças sociais e de perspectiva existente na época.

Como na história grega , um grupo de guerreiros propositalmente denominados Warriors (Exatamente “guerreiros” em português). São obrigados a atravessar a cidade Nova York, atravessando diversos territórios inimigos para chegarem em Corney Island , seu território (Que como na história grega, também fica no litoral).

O cenário escolhido foge da realidade. Sendo a cidade de A Nova York, em um futuro próximo. Detalhe implícito na versão original, e explicito na do diretor. A cidade é apresentada de forma extremamente pessimista e decadente . Resultante de uma visão forjada pelas crises econômicas e políticas norte americana na década de 1970. A Ascensão das gangues, podem ser interpretadas como uma “vitória” do “movimento punk” em evidência entre os jovens da época da produção do filme.

A produção segue o padrão da época, pouco custo e desprovido de grandes estrelas. Certamente seria um, dos muitos, filmes que passaram despercebidos se não fosse a competente direção de Walter Hill. Que transformou um “filme comum” em um Cult.

As cenas de lutas são realistas e bem coreografadas, gerando cenas memoráveis . Assim como as gangues criadas com visuais extremamente exóticos, criadas a partir de seus nomes. A trilha sonora underground de Barry De Vorzon desperta atenção, gravada no mais puro estilo setecentista, misturando funk com sons psicodélicos.

O filme não fez muito sucesso em seu lançamento. Ganhando destaque em suas apresentações em TV e na “geração VHS”. As gerações mais novas entrariam em contato com o filme, com o lançamento da adaptação para videogames, homônima em 2005. A qualidade e o sucesso do jogo. Despertou novamente a curiosidade pelo filme.

A linguagem cinematográfica de época, ritmo e um paradoxal roteiro - Simples na história e complexo na temática - Tendem a restringir o filme ao gosto de um público aprecia cinema “Cult”. Entretanto, as cenas de batalha e influência que gerou aos demais filmes de gangue. – É a principal referência quando se cita filmes de gangues até – podem agradar também ao grande público. No mínimo vale assistir para conhecê-lo e entender melhor porque é cultuado até hoje.

A polêmica envolvendo o poster do filme "The Warrior"


O filme, por sua violência, foi acusado de gerar distúrbios. Houve problemas de brigas de gangues em alguns cinemas. E o filme recebeu acusações de ser responsável por incentivar indiretamente o crescimento das gangues urbanas que ocorreram na década seguinte.

Com a polêmica das brigas de gangue nas exibições do filme. Os produtores foram obrigados a retirar os dizeres do cartaz original. Onde estava escrito :

“Eles são os exércitos da noite. Eles têm a força de milhares. Eles superam os policiais em cinco para um. Eles

+ The Warrior

A Batalha de Cunaxa

A Batalha de Cunaxa

"Batalha de Cunaxa"
401 anos antes de Cristo
Há 2 mil anos atrás,
um exército de soldados gregos
se encontrou isolado
no meio do império Persa.

Mil milhas em segurança.
Mil milhas no mar
Mil milhas com inimigos
por todos os lados.
Foi uma estória de uma
perigosa e violenta marcha.
Foi uma estória de coragem.
Está Também é uma história de Coragem...

-Introdução da Versão do Diretor do filme "The Warriors"

A epopeia grega, foi descrita no livro grego: Anabasis. Conta a história de Xenofonte, (contemporâneo a Sócrates), que conduziu um exército de 10 mil mercenários para lutar com Cyrus, que planejava usurpar o tono da Persia de seu irmão Artaxerxes II.

A estratégia de Cyrus (Ciro o Jovem) não deu certo. Ele foi morto e suas tropas derrotadas na Batalha de Cunaxa, marcada por emboscadas e traições. Como a do general Clearco de Esparta também foi morto em uma traição, após atender um convite de acordo de paz.

Coube ao exerccito dos 10 mil escolherem novos lideres. Entre os escolhidos estavam Xenofontes, que deveria conduz o exercito conduzir seu exército de praticamente o coração da Mesopotamea até o litoral. Atravessando um território hostil, dominado por armênios, curdos e persas. A jornada foi denominada Anábase ("A Expedição").

Atravessaram 1600 quilômetros, tendo que usar diplomacia e combates para garantir o sucesso de sua jornada. Somavam aos problemas desavenças e traições internas. O resultado entretanto foi relativamente bem sucedido, segundo os relatos, que afirmavam que cerca de 6000 conseguiram sobreviver a empreitada.

A batalha serviu de inspiração para o livro e conseqüentemente o filme “The Warriors”.

domingo, 19 de setembro de 2010

Filmes no Blog

A
- Alpha Dog

B
- Boogie Wookie

C
- Casa Comigo
- Cartas para Julieta
- Conversando com os Mortos

G
- Garota Infernal

M
- Mamma Mia
- Meninas Malvadas
- Minhas Adoraveis Ex-Namoradas

N
Nathalie X

P
- Paper Man
- Pesadelo Americano

O
- O Preço da Traição
- O Roqueiro

Q
Questão de Vida

S
- Sempre ao seu Lado
- Super Bad

Z
- Zumbilândia

Filmografia

Entre nossas discussões sobre cinema, abriremos espaço para apresentar a cinegrafia de alguns atores que apreciamos o trabalho. Já disponíveis:

Amanda Seyfried

Emma Stone

Cinegrafia - Emma Stone


Atriz norte americana de 21 anos (1988), nascida Scottsdale, Arizona (EUA) começou a carreira quando criança atuando em teatros até a adolescência. Aos quinze anos convenceu os pais a mudar para Hollywood após uma apresentação de Power point, intitulada “Projeto Hollywood”, que pelo visto vem dando certo.

Estreou no sucesso “Superbad” , cujas criticas positivas abriram caminhos para atuar em 2008 como coadjuvante em “The Rocker” e a Casa das Coelhinhas. Em 2009 participou do “Minhas Adoráveis Ex-namoradas”, do independente “Paper Man” e obteve um novo papel de destaque no interessante “Zumbilândia”.

Filmográfia

2007 - Superbad, “Jules”
2008 - O Roqueiro, “Amelia”
2008 - A Casa das Coelhinhas, “Natalie”
2009 - Minhas Adoráveis Ex-namoradas, “Fantasma da namorada (passado)”
2009 - Zumbilândia, “Wichita”
2010 – Paper Man, “Abby”

Paper Man, EUA, 2010, 110 min

Diretor: Kieran Mulroney,Michele Mulroney
Roteiro: Kieran Mulroney, Michele Mulroney
Atores: Jeff Daniels, Emma Stone, Ryan Reynolds,Lisa Kudrow

Paperman é o típico filme do atual cinema independente norte americano. Centrado na complexidade de suas personagens e extremamente naturalista, ou seja o mais próximo possível da nossa realidade.

Ryan Reinolds, que viverá dois heróis de quadrinhos: Deadpoll e o Lanterna Verde. Veste neste filme o típico uniforme de super herói para viver o amigo imaginário do protagonista Richard Dunn, um escritor que apesar de casado, se aprofunda cada vez na solidão, ao ponto de seu único amigo ser a sua própria imaginação. Muito bem interpretado por Jeff Daniels.
Isolamento será abalado em seu encontro com a “estranha” e bela adolescente Abby. Interpretada por Emma Stone, que melhora sua atuação a cada novo filme. O encontro dará inicio a uma “estranha” relação que será compreendida ao longo da estória. Um filme extremamente “humano” e que ressalta a necessidade de vivermos em companhia. Em um mundo cada vez mais marcado pelo isolacionismo.

É daqueles filmes construídos no “ritmo da vida”, do cotidiano. Com a história construída a partir dos diálogos e praticamente desprovida de cenas de ação. O que acaba exigindo paciência ao expectador. Que será respeitada no final, quando a história apresenta sua real complexidade.